Exportações de milho de Mato Grosso bateram novos recordes no 2º semestre de 2020

As exportações de milho de Mato Grosso atingiram volumes recordes entre julho e dezembro do ano passado, totalizando embarques de 20,08 milhões de toneladas (t), safra 2019/20, volume 2,88% superior ao até então registro histórico de 19,51 milhões t da safra 2018/19.

Os principais destinos do grão originado no Estado são o Egito, a Argélia e a Coreia do Sul, cujas compras somaram 506,32 mil toneladas, 375 mil toneladas, 364,10 mil toneladas respectivamente.

Conforme dados apurado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), desde a safra 2017/18, os embarques vêm aumentando nesse período, passando de 13,85 milhões t para 19,51 milhões em 2018/19 e 20,08 milhões em 2019/20. Da safra 2015/16, por exemplo, foram exportadas 7 milhões. Nas últimas cinco safras, Mato Grosso ampliou em quase 190% o ‘quantum físico’ movimentado nos portos brasileiros.

Se contabilizados os embarques de janeiro a dezembro – quando se vendeu milho das duas safras, 2018/19 e 2019/20 – o total exportado soma 21,70 milhões t. E a maior parte do cereal foi enviada pelo porto de Santos (SP), 9,64 milhões t, seguido pelo porto de Barcarena (PA), outras 5,59 milhões t e por fim, via porto de Santarém, também no Pará, com 2,87 milhões t.

Conforme a mais recente estimativa do Imea para a Oferta e Demanda do milho, as exportações do ciclo 2020/21 deverão somar 21,13 milhões t, o que se confirmado, será 2,05% maior sobre o último balanço anual.

O Brasil exportou 31,38 milhões de toneladas para o exterior entre os meses de julho e dezembro de 2020, ficando com o segundo maior volume apenas atrás da safra 2018/19 no comparativo entre as últimas cinco safras para o mesmo período.

MERCADO - Em relação à comercialização, o milho produzido na safra 2019/20 – 35,45 milhões t – está com mais de 99% de sua oferta já vendida, ou seja, fora do poder de negociação dos produtores.

Como explicam os analistas do Imea, para as safras futuras os avanços foram maiores, sendo impulsionados pelos preços atrativos vistos no mês de dezembro. “Com maior destaque, a safra 2020/21 registrou avanço de 4,14 pontos percentuais (p.p.), bem acima do registrado há um ano, chegando a 66,83% da produção”.

O preço médio da saca negociada se destacou, apresentando um aumento de 11,96% sendo estimado em R$ 48,70 a saca (SC). Para o ciclo 2021/22 avançou 2,97 p.p. acumulando 9% comercializada, com preços médios de R$ 41,16/sc. “Mesmo com os bons preços, as muitas incertezas sobre condições climáticas para safras futuras, fazem com que o produtor haja com maior cautela na hora de comprometer parcelas da produção”.

Autor:AMZ Noticias com Diário de Cuiaba