Sábado, 18 de Maio de 2024

Ex-comandante da PM pede perdão judicial por colaborar com investigação em grampos do Governo Taques




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O ex-comandante da Polícia Militar, coronel Zaqueu Barbosa, ingressou com pedido de perdão judicial no processo que responde por interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, escândalo que ficou conhecido nacionalmente como “grampolândia pantaneira”.

Conforme a defesa do coronel, ele era primário e colaborou efetivamente com a investigação e a instrução processual penal para desbaratar a organização criminosa. Zaqueu deixou a cadeia em fevereiro do ano passado e cumpre prisão domiciliar desde então. Ele é acusado de ser um dos líderes do esquema que grampeou centenas de pessoas, entre elas jornalistas, advogados e políticos de oposição ao atual governo.

São réus no processo os coronéis Evandro Alexandre Lesco e Ronelson Barros, ex-chefe e ex-adjunto da Casa Militar, respectivamente, o coronel Januário Batista e o cabo Gerson Correa Junior, além de Zaqueu. Ao ser interrogado, Zaqueu afirmou, entre outras coisas, que o ex-governador Pedro Taques e o ex-secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques tanto sabiam como financiaram os grampos telefônicos.

Também disse que durante a operacionalização e funcionamento do sistema ilegal de interceptação telefônica, com vistas a alcançar àqueles que defraudaram o erário do estado, houve inclusão de numeral telefônico a pedido do promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro, que tinha ciência da base de operação levada a efeito pelos agentes acima mencionados.

“Com feito, a colaboração voluntária prestada pelo acusado Zaqueu, somada à sua primariedade e personalidade - agente público que sempre se destacou pelo excelente trabalho perante a PMMT – aponta para o caminho do perdão judicial”, diz trecho do pedido, que deve ser analisado pela 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá.

Esquema dos grampos - Os PMs são acusados de fazerem parte de um esquema de espionagem, entre outubro de 2014 e agosto de 2015. Centenas de pessoas que não eram suspeitas de terem cometido crimes foram espionadas, entre elas jornalistas, uma deputada de oposição, médicos, servidores públicos, empresários, advogados e um desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Os grampos foram operados pos policiais militares por meio de um fictício Núcleo de Inteligência, numa suposta investigação sobre a participação de policiais em tráfico de drogas. Porém, a polícia pediu à Justiça a autorização para quebrar o sigilo telefônico de pessoas que não tinham nada a ver com essa apuração.

 


Autor:Flávia Borges com G1


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