Um perfil criado no Twitter está divulgando estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) que fraudaram o sistema de cotas, para ingressar na instituição pública. Até o momento, mais de 30 denúncias já foram realizadas. Se confirmadas as irregularidades, os alunos podem perder as vagas.
As denúncias são feitas sob sigilo e apuradas pelo perfil. Para evitar processos, eles não estão expondo fotos dos fraudadores, além de divulgar apenas as iniciais e os respectivos cursos. As denúncias estão sendo oficializadas ainda no Ministério Público Estadual.
“Permaneceremos oficializando as denúncias. Nosso objetivo não é só expor, é ter a vaga de volta pra quem de direito. Também temos advogado e vamos agir de acordo com a lei. Sem medo, porque estamos agindo pelo certo”, disse o administrador da página, que prefere não se identificar por medo de represálias.
Ainda de acordo com as publicações, o curso que mais recebe denúncias é o de Medicina. “Medicina UFMT Cuiabá campeã de denúncias. Como será viver todo esse tempo entre fraudadores e sequer denunciar?”, apontou o perfil.
Por sua vez, a universidade relatou que esmo que a denúncia seja feita após a efetivação da matrícula, os estudantes que burlaram o sistema de cotas podem ser expulsos da instituição. A UFMT ainda informa que as denúncias de fraudes devem ser realizadas junto à Ouvidoria da instituição, que irá encaminhar a questão para análise de uma comissão.
Outros casos - Essa não é a primeira vez que alunos se unem para denunciar fraudes no sistema de cotas da UFMT. Em janeiro de 2019, um perfil criado no Facebook expôs estudantes que se matricularam para o curso de medicina na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) supostamente burlando a cota para negros, pardos e índios. Na época, ao menos 7 estudantes estavam com matrículas irregulares.
Veja a nota na íntegra da UFMT: A Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) informa que quaisquer denúncias sobre fraudes no sistema de cotas podem ser realizadas junto à Ouvidoria da Instituição, que irá encaminhar a questão para uma comissão específica, para que a situação seja apurada.
A Instituição também esclarece que quaisquer casos, mesmo que a denúncia seja feita após a efetivação da matrícula, são passiveis de punição com a perda da vaga, se for comprovada a fraude. Desde o ingresso para as turmas de 2019, a UFMT conta com uma comissão de verificação da autodeclaração étnico-racial, que atua durante o período de matrículas, com o objetivo de garantir o direito dos estudantes às cotas.
Autor:AMZ Noticias com Gazeta Digital